A Cannabis medicinal é muito mais do que um simples tratamento para sintomas. Ela atua de forma profunda e integrada com os sistemas mais complexos do nosso organismo. Duas áreas em que sua influência é notável são a Metabologia (a regulação do nosso metabolismo) e a Imunologia (as defesas do nosso corpo).
A Metabologia é a ciência que estuda como nosso corpo processa energia, regula hormônios e utiliza nutrientes. Desequilíbrios nesse sistema podem levar a condições como diabetes tipo 2, obesidade e síndrome metabólica. A Cannabis interage diretamente com o sistema endocanabinoide, que é um dos principais maestros da nossa regulação metabólica.
Estudos mostram que o CBD (canabidiol) possui potentes propriedades anti-inflamatórias e pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina. Isso é crucial para pacientes com diabetes, pois ajuda o corpo a utilizar o açúcar no sangue de forma mais eficiente.
O THC (tetra-hidrocanabinol), por sua vez, tem uma influência direta na regulação do apetite e no gasto energético. Em doses controladas, pode ser uma ferramenta terapêutica no tratamento de distúrbios alimentares e desequilíbrios metabólicos.
A Cannabis medicinal é muito mais do que um simples tratamento para sintomas. Ela atua de forma profunda e integrada com os sistemas mais complexos do nosso organismo. Duas áreas em que sua influência é notável são a Metabologia (a regulação do nosso metabolismo) e a Imunologia (as defesas do nosso corpo).
A Imunologia estuda nosso sistema de defesa, o exército que nos protege contra invasores (vírus, bactérias) e células defeituosas. Às vezes, esse sistema pode ficar desregulado e atacar o próprio corpo, causando as chamadas doenças autoimunes (como artrite reumatoide, lúpus e doença de Crohn). A Cannabis possui notáveis propriedades imunomoduladoras, ou seja, ela não “aumenta” nem “diminui” a imunidade, mas ajuda a regulá-la.
Tanto o CBD quanto o THC são poderosos anti-inflamatórios. Em doenças autoimunes, onde a inflamação crônica é a principal causa de dor e danos aos tecidos, a Cannabis pode ajudar a acalmar essa resposta exagerada do sistema imune.
Os canabinoides também são antioxidantes, combatendo os radicais livres e reduzindo o estresse celular, um fator que contribui para o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças degenerativas. Ao modular a resposta imune, a Cannabis se apresenta como uma terapia de apoio valiosa para trazer mais qualidade de vida a pacientes com condições autoimunes e inflamatórias.
A ciência tem comprovado o que a prática clínica já observava: a Cannabis medicinal possui um potencial terapêutico imenso em algumas das áreas mais complexas da medicina. Na Neurologia e na Oncologia, ela se destaca como uma poderosa terapia de suporte, capaz de transformar a qualidade de vida dos pacientes.
A Neurologia trata de condições que afetam o cérebro, a medula espinhal e os nervos, como epilepsia, esclerose múltipla, doença de Parkinson e Alzheimer. A Cannabis medicinal tem se mostrado uma das ferramentas mais promissoras neste campo, graças à sua interação direta com o sistema nervoso.
O cérebro é vulnerável à inflamação e ao estresse oxidativo, fatores que agravam muitas doenças neurológicas. O CBD (canabidiol) e o THC (tetra-hidrocanabinol) ajudam a proteger as células nervosas (neurônios) e a reduzir a inflamação, podendo retardar a progressão de doenças neurodegenerativas.
Esta é uma das aplicações mais consagradas. Estudos clínicos robustos demonstram que o CBD é altamente eficaz na redução da frequência e da intensidade das crises em casos de epilepsia refratária (que não respondem a outros medicamentos).
Em condições como a Esclerose Múltipla, a Cannabis ajuda a controlar a espasticidade (rigidez muscular) e a dor neuropática. No Parkinson, pode auxiliar na melhora da rigidez e dos tremores.
Suporte e Qualidade de Vida Durante o Tratamento do Câncer
A Oncologia é a especialidade dedicada ao tratamento do câncer. É fundamental ser claro: a Cannabis medicinal não é a cura para o câncer, mas é uma terapia de suporte inestimável para aliviar os duros efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia.
O foco é proporcionar qualidade de vida, permitindo que o paciente enfrente o tratamento com mais força e bem-estar.
O THC e o CBD são extremamente eficazes para combater os enjoos e estimular o apetite, ajudando a prevenir a perda de peso e a desnutrição, que são comuns em pacientes oncológicos.
A dor oncológica pode ser severa e de difícil controle. A Cannabis oferece um poderoso efeito analgésico, muitas vezes permitindo a redução do uso de opioides e outros analgésicos fortes.
Além do suporte, a ciência investiga o potencial antitumoral dos canabinoides. Estudos in vitro (em laboratório) sugerem que certos canabinoides podem inibir o crescimento de células cancerígenas e induzir sua morte programada (apoptose). Esses estudos são preliminares e mais pesquisas em humanos são necessárias, mas os resultados são promissores e abrem novas frentes de investigação.
A Psiquiatria é a especialidade médica dedicada ao diagnóstico, tratamento e prevenção de transtornos mentais, emocionais e comportamentais. Nos últimos anos, a Cannabis medicinal emergiu como uma terapia complementar promissora, com potencial para transformar a vida de pacientes que não respondem bem aos tratamentos convencionais.
Estudos e a prática clínica têm demonstrado o potencial da Cannabis como:
Auxiliando no manejo da depressão.
Ajudando a estabilizar o estado emocional.
Com potencial para auxiliar no tratamento de dependências químicas.
Contribuindo para a melhora do foco e da função cognitiva em certos casos.
O debate sobre o uso da Cannabis na Psiquiatria ganhou destaque com a Resolução CFM Nº 2.324/2022 do Conselho Federal de Medicina. Inicialmente, a resolução restringia a prescrição de canabidiol (CBD) a poucos casos de epilepsia. No entanto, após uma forte mobilização da sociedade civil e da comunidade médica, a resolução foi suspensa.
A suspensão devolveu ao médico a autonomia e a responsabilidade de prescrever a Cannabis medicinal para outras condições, incluindo as psiquiátricas, baseando-se em evidências científicas e na avaliação individual de cada paciente. A decisão sobre o tratamento é uma parceria entre o médico e o paciente, focada na busca pela melhor qualidade de vida.
O uso da Cannabis para saúde mental é complexo e deve ser sempre guiado por um médico psiquiatra com experiência em terapia canabinoide. A escolha dos canabinoides (CBD, THC, etc.) e a dosagem correta são cruciais para o sucesso do tratamento e para evitar efeitos adversos.
Na Florasol, defendemos o acesso à informação de qualidade e o tratamento responsável. Nosso compromisso é apoiar os pacientes em sua busca por bem-estar, conectando-os a profissionais qualificados e oferecendo um caminho seguro para o uso da Cannabis medicinal.
Conheça as principais aplicações terapêuticas da cannabis medicinal e descubra como ela pode contribuir para o tratamento de diferentes condições, promovendo bem-estar e qualidade de vida.
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